A canonical tag é como o cânone do seu website. É como uma lista de páginas ou URL’s do seu website, que devem ser considerados como sendo os que apresentam os conteúdos mais importantes.
E apresentam-nos a quem? Aos algoritmos dos motores de pesquisa, como os da Google.
Imagine que, por uma ou outra razão, algumas das suas páginas apresenta conteúdos semelhantes. Não é impossível.
Veja-se o e-commerce, por exemplo. Numa só página, a sua empresa apresenta dezenas de produtos ao utilizador. Nessa mesma página, o utilizador tem a possibilidade de pesquisar os seus produtos por filtros, certo?
Ora, de cada vez que um filtro é selecionado (seja por preço, por marca, por ordem alfabética, etc.), esses resultados são apresentados num URL diferente. São apresentados numa página diferente, ainda que para os utilizadores pareça a mesma.
Os conteúdos são semelhantes, ainda que reordenados.
Como é que o algoritmo do Google vai perceber qual desses URL’s é o principal? Qual deles deve ser entendido como sendo o original, para efeitos de SEO? Qual é o URL que apresenta na página de resultados?
Idealmente, na página de produtos que é apresentada ainda sem qualquer filtro aplicado, de modo a que os utilizados possam escolher a ordem de apresentação que mais desejarem.
É esse URL (sem filtros) que marcamos com a canonical tag.
Continue a ler para perceber o que é, como funciona e quando utilizar esta marcação, para que obtenha os melhores resultados de SEO.
Antes de mais, como o próprio nome indica, a canonical tag é…uma “tag”. É uma identificação. Uma marcação. Uma “etiqueta”.
Com essa etiqueta, marcamos um URL específico e dizemos ao algoritmo do Google que aquele URL é canónico – importante, principal. É prioritário. É o URL que conta.
Dizemos-lhe:
Olha, é este URL que deves utilizar na página de apresentação de resultados. O resto é duplicado ou semelhante. Aquele é que conta.
“Ok.” – dirá o algoritmo.
Isto porque, como vimos, existe a hipótese de existirem centenas de páginas cujo conteúdo é similar ou duplicado.
E em SEO, a duplicação de páginas ou conteúdos é penalizada pelos motores de pesquisa.
Com a canonical tag, garantimos que há uma página específica que deve ser apresentada na página de resultados, levando até ela mais utilizadores.
E a canonical tag serve apenas para o e-commerce? Não, de todo!
A canonical tag é um daqueles pontos de uma estratégia de SEO que muitas vezes pode ser colocada de parte, ou utilizada de forma contraprodutiva.
Por isso, vamos dar um exemplo de quando a utilizar. E um outro sobre quando não a utilizar.
Em primeiro lugar, deve utilizar a canonical tag na sua homepage.
Isto porque há vários caminhos possíveis para chegarmos até à sua homepage, mesmo que não demos por eles. Vejamos na prática.
Para chegarmos à homepage da Bluesoft, podemos utilizar:
Se carregar em cada um destes links, foi dar à mesma página, certo?
A utilização da canonical tag na nossa homepage, no URL especificado por nós, garante que o google entende apenas um daqueles links como sendo o original. Por isso, mesmo que escolha um outro que o leve até lá, o Google conta sempre o mesmo para efeitos de SEO.
Paradoxalmente, sabe qual é um dos erros mais comuns na utilização da canonical tag?
Identificar todas as suas páginas com a canonical tag a remeter para sua homepage.
O mesmo é dizer ao Google que, no seu website, a única coisa que interessa são os conteúdos da homepage.
E isso não é verdade, certo?
Existem páginas mais importantes que outras. Essas devem ser identificadas como tal.
Se, em todos os seus URL’s, colocar a mesma canonical tag está, em suma, a dizer que nenhuma delas deve ser relevante para o algoritmo de pesquisa.
Agora que já sabe o que é e já viu um exemplo sobre como utilizar e não utilizar a canonical tag, chega o momento de vermos como funciona.
A canonical tag é um pedaço muito pequeno de código que se parece com algo assim:
<link rel= “canonical” href= “ https://bluesoft.pt” />
Este código é associado a um URL específico do seu website. Diz que, para efeitos de SEO, o Google não deve contar e apresentar aquele URL, mas antes o URL que marcamos como sendo “canónico”, redirecionando-o para ele.
É com esta linha de código que ajudamos o motor de pesquisa a definir quais são os conteúdos mais relevantes e a distinguir aqueles que são duplicados ou semelhantes, daqueles que são os originais – canónicos.
Desta forma, a canonical tag ajuda a melhorar o nosso ranking na página de apresentação de resultados e, portanto, a levar mais utilizadores à nossa página.
Falámos em redireccionamento? Sim. Mas há uma diferença.
Para melhor entendermos a diferença entre a canonical tag e o 301 redirect, vamos imaginar que temos duas páginas do nosso website.
A página A e a página B.
O importante a reter é o seguinte:
A canonical tag apenas influencia a navegação e pesquisa dos algoritmos dos motores de pesquisa. Não influencia a experiência do utilizador. Mas vejamos.
Se, na página B, adicionar a canonical tag – ou seja, aquela linha de código – com o link da página A, está a dizer ao motor de pesquisa que, quando visitar a página B, deve dar mais importância ao conteúdo da página A.
Mas só está a dizer isto ao motor de pesquisa. Qualquer utilizador poderá continuar a visitar tanto a página A, como a página B.
O 301 redirect é diferente.
Se, na página B, colocar o “301 redirect” para a página A, nesse caso os utilizadores só terão acesso à página A, uma vez que são redirecionados para ela.
Ao gerirmos a importância e a relevância de cada uma das nossas páginas, colaboramos com o google e o seu algoritmo, para subirmos no ranking de apresentação de resultados.
Este artigo é uma pequena introdução à utilização da canonical tag.
É natural que lhe possa até ter parecido estranho, ou mesmo confuso.
Até hoje, a sua estratégia de SEO consistia em pesquisar palavras-chave e utiliza-las em textos?
Há muito mais do que isso.
Fale connosco e contamos-lhe tudo.
Tiago Simonette Teixeira | Bluesoft