Quando pensamos em Natal, pensamos em amigos, família, presentes, lareira, férias. Pensamos na história do Santa Claus, querido Pai Natal, ou na história dos 3 Reis Magos, mas se o nascimento do Menino Jesus tivesse ocorrido nos dias de hoje, como seria esta realidade?
Não há dúvida que a evolução tecnológica veio mudar a forma como a sociedade se organiza, comunica e gere o seu quotidiano. Hoje em dia, a maioria das pessoas já quase não realiza ações sem recorrer a um smartphone, tornando as mesmas mais fáceis, rápidas e eficazes.
Ora vejamos que contornos teriam as histórias natalícias que todos conhecemos, mas na perspetiva tecnológica da sociedade atual.
Reza a lenda que, ao saber do nascimento do Menino Jesus, os 3 Reis Magos seguiram uma estrela no céu, até ao local de nascimento para oferecer ouro, incenso e mirra. Com os meios de transporte da altura, apenas conseguiram entregar os presentes a 6 de Janeiro, 12 dias após o nascimento do menino.
Se esta história acontecesse nos dias de hoje seria bem diferente: Ainda nem Jesus tinha nascido e já não se falava noutra coisa – o Facebook estaria cheio de imagens e vídeos de ecografias, de Maria grávida e de José a correr meio mundo para suprir todas as necessidades e desejos da futura mãe. No Whatsapp seria criado um grupo entre os 3 Reis Magos, para decidir prendas, combinar viagens, preparar uma verdadeira roadtrip. Através do evento criado, com a localização do local de nascimento, chamariam um Uber que seguiria o caminho por GPS, conseguindo chegar junto do Menino Jesus a 25 de Dezembro. As prendas seriam compradas numa das milhares de plataformas de comércio eletrónico existentes. No final, era tirada uma selfie com os 3 Reis Magos, Maria, José e Jesus, que seria publicada no Instagram e, rapidamente, teria milhares de visualizações, seguidores e likes.
As marcas inteligentes, que se preparassem estrategicamente para esta época, poderiam patrocinar a viagem, os presentes, as vestes dos reis, o parto, os produtos de bebé, uma panóplia de produtos e serviços e, com isso, ganhar visibilidade, credibilidade e autoridade digital – construir a sua reputação na época mais festiva do ano em todo o mundo.
O Pai Natal seria um Pai Natal moderno e seguidor das novas tendências digitais. Continuamos a imaginá-lo como um senhor de barbas brancas, barrigudo e sorridente, mas rodeado de tecnologia e a conduzir um Tesla. O Pai Natal teria a maior plataforma digital de e-commerce do mundo e um CRM que o ajudasse a conhecer bem o seu público-alvo e entregasse a prenda perfeita a cada uma das crianças.
O seu website seria responsive, teria páginas personalizadas a cada perfil, seria uma plataforma inovadora, user-friendly, interativa, feita à medida. Seriam integradas as melhores API’s para o cálculo de rotas, que prendas carregar consigo, que entregas seriam feitas e onde. As marcas estabeleceriam parcerias com este marketplace de maneira a terem a visibilidade tão desejada nesta época e, consequentemente, mais vendas. Afinal, são os melhores parceiros digitais que nos levam aos melhores resultados.
Parece uma narrativa irreal, mas a verdade é que não está assim tão distante da realidade atual.
Quando pensado atempadamente e de forma estratégica, o Natal pode ser uma das melhores alturas para construir e tornar ainda mais sólida a reputação digital de uma marca.
Num meio tão saturado como a internet, e numa altura tão competitiva como o Natal, as marcas deverão inovar e fazer o máximo para se destacar da multidão: investir em SEO (Search Engine Optimization), conteúdos relevantes e otimizados, publicidade em vários ativos digitais e realizar ações de comunicação nas redes sociais: desde a criação de concursos natalícios, a dicas de presentes, decorações, partilha de tradições, ... inovar!
Promover ideias, promover a sua identidade, promover o espírito natalício e criar relações duradouras e de confiança com os clientes. Afinal, tudo o que se quer no Natal é amizade, amor, carinho e momentos felizes.
Paula Santos | Bluesoft