O poder do Storytelling: O cérebro também conta histórias
18 jan 2018

O poder do Storytelling: O cérebro também conta histórias

Grande parte das memórias que temos de infância são histórias. Histórias contadas pela nossa mãe, pela nossa avó, que mais tarde nos permitem flutuar e dar asas à nossa imaginação. Todos nós temos histórias para contar, uma história de amor, de criança ou de sucesso.

Hoje é a nossa vez de lhe contarmos uma história que nunca mais vai esquecer. Uma história sobre o político e aristocrata britânico John Montagu, o 4º Conde da Sandwich. John foi um homem que dedicou muito tempo da sua vida a jogar cartas, e gostava de comer um lanche enquanto mantinha uma mão livre para jogar. Num dia solarengo, enquanto jogava, decidiu comer carne entre duas fatias de pão torrado, o que lhe permitia comer e jogar ao mesmo tempo.

Nesse momento inventou o termo sandwich, o nome de duas fatias de pão com carne no meio tornou-se uma das invenções de refeição mais populares do mundo ocidental.

 

Percebeu o poder que o storytelling tem para a comunicação?

Aqui está a ciência em torno de um storytelling e como podemos usá-la para tomar melhores decisões todos os dias: o nosso cérebro é apaixonado por histórias, é como se ligasse um interruptor.

Imagine-se sentado numa sala a ouvir uma apresentação chata sobre um novo produto. Sente-se aborrecido e apesar de pensarmos que o nosso cérebro é desligado, ele ativa uma área que atinge as partes de processamento de linguagem, onde descodificamos as palavras.

Agora, imagine-se na mesma sala mas com amigos a ouvir uma boa história sobre a criação desse produto. Todo o cenário se altera. Quando nos contam uma história as coisas mudam. Não só as partes que pertencem ao processamento de linguagem no nosso cérebro são ativadas, mas também qualquer outra área que é usada ao experimentar os eventos da história.

O que nem todas as marcas sabem é que devem apostar na criação de histórias para atrair o público pretendido. Ao contrário dos métodos tradicionais que “obrigam” as pessoas a consumir anúncios que não lhes interessam, o storytelling, enquadrado no inbound marketing (envolver o utilizador com a marca através de histórias)foca-se na conversão e fidelização de clientes através do seu envolvimento emocional com as histórias.

Storytelling - Inbound Marketing

Estratégia digital e SEO: Dar visibilidade às nossas histórias.

A nossa história até pode ser muito boa, mas tem de ter visibilidade para atingir o objetivo pretendido. É pertinente elaborar um estudo que analise o nosso público alvo na web, caracterizando os seus comportamentos, identificando as palavras-chave (keywords), assim como os conteúdos que lhe são relevantes. É a partir desse estudo que se define uma estratégia de marketing digital, que tem como objetivo aumentar a credibilidade orgânica e, consequentemente, a visibilidade.

 

Inbound Marketing: Uma história pode colocar todo o seu cérebro a trabalhar.

Sabemos que podemos ativar os nossos cérebros se ouvirmos boas histórias. A pergunta a que ainda não respondemos é: para quê? Porque é que o formato de uma história, onde determinadas situações se desenrolam uma após a outra, tem um impacto tão profundo na nossa aprendizagem? A resposta é simples. Prende-se com o facto de estarmos ligados através de histórias.

Num mundo em que somos “bombardeados” com informação e publicidade por todos os lados é preciso inovar e, acima de tudo, apelar às emoções. Fazer com que o consumidor passe por determinadas experiências, fazer com que deseje o produto/serviço e sinta a necessidade de o adquirir, ainda que não tenha essa necessidade conscientemente.

Vivemos na era das experiências para o consumidor. A relação que o cliente estabelece com a marca tem-se revelado tão importante quanto o que o próprio serviço/produto tem para oferecer. É preciso que a história contada gere um clique. Para isso, a experiência tem de ser inesquecível, porque grande parte das decisões humanas têm origem emocional.

 

Sabia que sempre que ouvimos uma narrativa, queremos relacioná-la a uma das nossas próprias experiências?

Enquanto estamos ocupados à procura de uma experiência semelhante nos nossos cérebros, ativamos uma parte chamada lobo da ínsula, que nos ajuda a relacionar uma semelhante experiência de dor, alegria ou rejeição. Tudo no nosso cérebro está à procura da ligação entre a causa e o efeito de algo que experimentámos anteriormente.

 

Se leu esta história até aqui conseguimos o nosso objectivo, captar a sua preciosa atenção. Obrigado!

Todos nós gostamos de contar uma boa história até ao fim. Um dia gostaríamos de contar a sua.


Sofia Cary | Bluesoft

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