Quem se encontra ao volante, e se depara com a necessidade de tomar decisões no momento, responder a e-mails importantes, mensagens do LinkedIn, Skype ou até mesmo do WhatsApp, deverá saber quais as vantagens do uso da voz para a resolução de grande parte deste tipo de solicitações.
Apesar da minha assistente virtual ainda ter pronúncia Brasileira e chamar-se Siri, já conhece bem o meu percurso diário de casa para o escritório, assim como os meus hábitos de viagem.
Numa amostra de 2.000 utilizadores, 54% dos inquiridos responderam que utilizam assistentes de pesquisa por voz, sendo que 27% desses utilizadores utilizam-nos diariamente, enquanto que os restantes 27% recorrem a esta funcionalidade pelo menos uma vez por semana.
A pesquisa por voz, em apenas 1 ano, passou praticamente de zero para 50 milhões de pesquisas mensais.
Todos os gigantes tecnológicos estão a investir em assistentes virtuais e na pesquisa por voz. O Google possui o Google Assistant, a Apple conta com a Siri, a Amazon apresentou a Alexa, a Microsoft disponibiliza a Cortana, a Samsung tem o seu novo Bixby, e a Yandex lançou a Alice - o primeiro assistente de voz para o mercado russo.
Os assistentes de voz contam com processamento de linguagem natural. Isto significa que, com o tempo, têm a capacidade de aprender os padrões comportamentais da pessoa que fala/interage com eles, conhecendo as suas preferências de restaurantes, transporte, lojas e outros tipos de comportamentos.
Com base nesse conhecimento, os assistentes virtuais fornecerão resultados de pesquisa personalizados, dirigidos e relevantes, que variam de acordo com cada utilizador.
A ascensão dos assistentes de voz representa implicações consideráveis para as marcas, que dependem da pesquisa para direcionar o tráfego para os seus sites.
A pesquisa por voz tem diferenças fundamentais da pesquisa digitada, escrita e representa um novo desafio para os negócios, negócios esses que ainda se estão a ajustar ao novo mundo onde a maior parte do tráfego na web já provém de dispositivos móveis.
A pesquisa por voz está associada ao mobile, uma vez que a maioria das consultas por voz tem origem nos smartphones.
Vivemos numa era em que não conseguimos imaginar o nosso dia-a-dia sem um smartphone no bolso, para o qual olhamos cerca de 100 vezes por dia. Este tipo de tendência resulta num novo comportamento e atitude na pesquisa.
Segundo o Google, até 2020, mais de metade das pesquisas será feita por voz.
Quando fazemos uma pesquisa digitada, usamos várias palavras-chave separadas que refletem o que queremos encontrar, no entanto, quando fazemos uma pesquisa por voz, formamos perguntas ou declarações que soam naturalmente.
A abordagem num estudo de keywords para este tipo de pesquisa deverá ser diferente da tradicional, seja para nortear um artigo de blog, uma página web, ou até a estrutura funcional de um website. A pesquisa por voz tem por base a pergunta, privilegiando longtail keywords (expressões longas) associadas às perguntas naturais mais prováveis.
As longtail keywords são menos competitivas mas convertem mais rapidamente. Ou seja, se segmentar essas keywords e responder a perguntas que os seus clientes farão, terá uma oportunidade muito maior de classificar-se por essas consultas e aparecer nos resultados de pesquisa.
Segundo o Google 70% das consultas que o Google Assistant recebe consistem em linguagem natural.
É certo que as marcas ainda se estão a adaptar ao “mobile first”, a maioria ainda não apresenta os dados estruturados nos seus websites, no entanto, a pesquisa por voz já é uma realidade devido ao facto de, atualmente, 70% de todas as pesquisas serem efetuadas via smartphone.
É pertinente que as marcas ganhem consciência do impacto que a tecnologia otimizada terá nos seus negócios.
Os websites desenvolvidos pela Bluesoft já estão otimizados para a tecnologia de pesquisa por voz. O trabalho diário da Bluesoft consiste em desenvolver soluções otimizadas para um utilizador cada vez mais exigente.
If HAL-9000 was Amazon Alexa | Screen Junkies
Pedro Duarte | Bluesoft