O tráfego direto é um pouco como saber o caminho que tem a percorrer, de cor.
Já o fez tantas vezes, já o conhece tão bem que, depois de entrar no carro, por exemplo, é como já saber por onde tem de ir, para lá chegar. E isto, sem precisar de utilizar mapas ou outras aplicações.
No tráfego direto, é isso mesmo que acontece e é uma das formas que existem para qualquer pessoa chegar até ao seu website.
Na prática, o tráfego direto é quando um utilizador visita o seu site, escrevendo o seu domínio diretamente.
Vejamos o meu caso:
Quando visito o site da Bluesoft, normalmente faço-o de duas maneiras diferentes. Ora escrevo no motor de pesquisa “Bluesoft” e carrego no primeiro link (claro que estamos no topo das SERP!), ora escrevo diretamente www.bluesoft.pt e carrego no enter.
Este segundo caso é um exemplo claro. Outro seria se eu fizesse o mesmo acesso, mas via “favoritos”.
Depois, quando utilizamos, por exemplo, o Google Analytics, este meu acesso é então registado como sendo de tráfego direto.
O Google Analytics é a plataforma da Google que regista e reporta de onde vêm os acessos ao seu domínio na web.
Como deve imaginar, estes acessos têm muitas formas. O tráfego direto é um deles. Os outros são o tráfego orgânico, pago, de referência, social ou email marketing.
Não parecem muitos, afinal.
Pois, é verdade. Há aqui um “senão”. Um pequeno problema.
Ainda que o tráfego direto seja avaliado e registado enquanto acesso direto via “www”, na realidade consta que quando esta plataforma não é capaz de perceber a origem do acesso, regista-o como tráfego direto.
Mas vejamos um exemplo:
Quando, nas redes sociais, utiliza uma aplicação para reduzir o link de acesso ao seu website – digamos o bitly – a o Google Analytics vai registar o acesso como “tráfego direto” quando, na realidade, foi através de “social”.
É algo que a Google reconhece e procura resolver e ao qual damos o nome de “Dark Social”.
Isto quer dizer que os acessos diretos podem estar sobrevalorizados, enquanto os acessos via redes sociais aparecem desvalorizados, por exemplo.
É importante que tenha esta noção, uma vez que será a análise cuidada destes números que lhe vai depois permitir perceber como acedem as pessoas ao seu domínio e afinar a sua estratégia de conteúdos de acordo.
Então, a pergunta que se coloca é:
A discussão sobre a importância do tráfego direto é muitas vezes desvalorizada por causa disto. Se a Google Analytics reporta dados equívocos, muitas vezes o que acontece é atribuírem-se a estes números a frase genérica “esses acessos vêm de ‘outros lados’”.
E pronto, assunto arrumado. “Olhemos para os restantes”
Mas, pelo meio, os restantes números estão subvalorizados. Se ignorarmos os números do tráfego direto, então estamos a ignorar tudo. E, nesse caso, pode estar a pensar:
Bom, então para que é que eu quero o Google Analytics?
E teria toda a razão, não fosse a importância de sabermos de onde estão a vir as pessoas que visitam o seu website, certo?
Caso contrário, como saber se a estratégia de conteúdos está a funcionar?
Trabalhar com dados é também trabalhar com as boas práticas.
E é, principalmente, trabalhar com os números que temos à nossa frente.
Por outras palavras: trabalhá-los. Como?
O objetivo é afunilar o número de acessos via tráfego direto ao seu valor real, equilibrando, ao mesmo tempo, os restantes.
Para isso, há quatro pontos a ter em conta:
Depois de seguir estas quatro dicas, vai estar perante dados para análise mais fiáveis, que o vão ajudar a melhorar a sua estratégia de reputação digital e a obter os resultados que deseja.
Como vimos, a origem do tráfego direto pode estar diretamente ligada a um número de fatores que o pode estar a induzir em erro, no momento de definição de estratégia digital.
Ser for capaz de destrinçar esses números, vai conseguir entender melhor de onde vêm todos os acessos ao seu website e agir de acordo.
Para além disso, estará a aproximar-se do número real de pessoas que não só sabe o seu endereço de cor, como nem perde tempo em fazer uma pesquisa: escreve-o diretamente; tem-no como favorito.
O mesmo é dizer que é a sua empresa é top of mind.
Se estiver interessado em saber como lá chegar, nós estamos aqui.
Tiago Simonette Teixeira | Bluesoft