Decidir-se pelo tráfego pago ou por uma estratégia robusta de SEO é, na verdade, uma decisão mais complicada do que parece. É como decidir se é preferível arrendar uma casa, ou comprar uma casa.
Porquê? Como em tudo, há vantagens e desvantagens.
Arrendar uma casa é uma opção mais imediata e com um investimento inicial menor. Mas é também mais arriscada, menos segura e com vários fatores fora do nosso controlo.
Já a compra de uma casa exige um investimento maior e um estudo de mercado que nos vai consumir mais tempo. Mas, no final, a casa será nossa por muitos e bons anos. Qual destas duas opções é aquela que oferece mais valor? Depende dos objetivos de cada um, pensa o leitor. E está correto.
Com o tráfego pago e o tráfego orgânico acontece o mesmo. A decisão está diretamente ligada aos objetivos de cada um, a curto e a longo prazo.
Mas se não podemos exatamente arrendar e comprar uma casa, ao mesmo tempo, podemos certamente investir numa estratégia de SEO que nos aumente o tráfego orgânico a longo prazo, enquanto aumentamos o número de visitas ao nosso website, através do tráfego pago.
As duas opções não são mutuamente exclusivas, bem pelo contrário. Mas antes disso…
O tráfego pago é uma forma de atrair visitantes até ao seu website, através da criação de anúncios destaque numa plataforma específica.
Para o efeito, existem várias. A escolha depende do local a anunciar. Por exemplo, para a Meta utilizamos os Meta Ads, para o Linkedin, o Linkedin Ads e como não podia deixar de ser, para o Google utilizamos o Google Ads.
Foquemo-nos no Google Ads, a plataforma de anúncios mais utilizada para a criação tráfego pago.
Quando faz uma pesquisa no Google, já deve ter reparado que, por vezes, os primeiros resultados estão identificados enquanto “Patrocinado”.
São páginas de empresas que investiram para aparecerem nos primeiros resultados de pesquisa, de modo a gerarem tráfego para o seu website. Neste caso, tráfego pago. Esta é a grande diferença: num, os resultados são rápidos, mas de curta duração. No outro, é um processo a longo prazo, com resultados mais duradouros.
Idealmente, o tráfego pago é utilizado quando se torna necessário que a nossa visibilidade seja imediata. Principalmente para fins comerciais – venda de produtos ou serviços – em épocas específicas como o Natal, por exemplo.
Numa palavra, o tráfego pago funciona como um leilão. Dentro de uma plataforma como a Google Ads, existe um leilão automatizado que “vende” palavras-chave.
Estas palavras, são as palavras mais pesquisadas pelos utilizadores do Google, sobre um determinado assunto. Cada uma destas palavras, ou keywords, tem um preço associado, estabelecido pela Google com base no número de pesquisas feitas pelos utilizadores, entre outros fatores.
Como funciona este leilão? De duas maneiras diferentes:
O custo por clique é o custo por cada vez que um utilizador clica no link apresentado. Já o custo por mil impressões é o custo associado ao número de vezes que o link para o nosso website é mostrado (mil).
Quanto está disposto a pagar por um clique? Ou para aparecer mil vezes?
Esse valor será comparado ao de outros, com o Google a organizá-los e a apresentá-los de acordo. A diferença entre o custo por clique e o custo por mil impressões está no seu objetivo.
O custo por clique é o mais indicado para aqueles que procuram que os utilizadores cliquem no link e acedam ao website; o custo por mil impressões é recomendado para aqueles que procurem ter mais visibilidade.
Ambos acabam por gerar tráfego pago para o seu website, ainda que o custo por mil impressões se foque mais em colocar a sua empresa à vista de todos.
O tráfego pago é uma excelente opção para quem procura resultados imediatos. A longo prazo deve ser entendido enquanto complemento a uma estratégia de SEO bem implementada, ou então para momentos e objetivos específicos.
Uma estratégia de SEO leva o seu tempo a gerar tráfego e a obter resultados. Para além disso, exige estudo e uma equipa especializada com conhecimentos técnicos, que permitam otimizar cada uma das páginas do seu website.
O tráfego pago, por outro lado, exige menos conhecimento técnico – para além do necessário acerca do modo como funcionam as plataformas de anúncios – e pode gerar resultados imediatos, ainda que a curto prazo.
A opção pelo tráfego pago depende do tempo que tem à sua disposição, da sua equipa de conteúdos e do imediatismo que procura: seja em termos de visibilidade, seja em termos de cliques.
Esse imediatismo é uma, senão a maior, vantagem do tráfego pago.
A partir do momento em que investe em tráfego pago, consegue gerar resultados. Como vimos, é uma opção que exige menos conhecimento técnico, o que significa que não precisa de se preocupar tanto com o assunto marketing de conteúdo.
Mas é precisamente essa despreocupação que acaba por ser a principal desvantagem do tráfego pago. Quando o dinheiro investido num anúncio termina, a sua empresa deixa de ser uma opção para o clique de qualquer utilizador. Deixa de aparecer e de gerar qualquer tipo de tráfego.
Se, enquanto investe em tráfego pago, não existir uma estratégia de SEO que gere tráfego orgânico, entramos nesse ciclo onde nos é exigido um investimento recorrente. Caso contrário, desaparecemos do mapa.
O tráfego orgânico precisa de um investimento inicial mas os seus resultados são a longo prazo. Depois desse primeiro investimento, deixa de ter custos e passa a ser a qualidade do seu conteúdo otimizado a atrair os utilizadores.
Bom: então, o que fazer? Uma boa estratégia de marketing digital não escolhe uma ou outra: utiliza as duas opções, tendo em conta os objetivos a curto e a longo prazo.
Ou seja, a melhor opção é o investimento contínuo na otimização de conteúdos, reforçado pelo imediatismo do tráfego pago, sempre que necessário.
Quer saber mais sobre as suas opções a curto e a longo prazo? Acha que está na hora de aparecer no mapa? Fale connosco!